Google ameaça deixar China por conta de ataques de hackers
Tensão entre China e Estados Unidos quanto à liberdade na web é grande.Outras 20 empresas sofreram ataques semelhantes.
O Google surpreendeu nesta terça-feira (12) ao ameaçar deixar a China, maior mercado mundial de internet em número de usuários, depois de afirmar que hackers invadiram contas de e-mail de ativistas dos direitos humanos.
O anúncio do Google surgiu em meio a crescentes tensões entre China e Estados Unidos quanto à liberdade da internet. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, deve anunciar na semana que vem uma política de tecnologia para ajudar cidadãos de todo o mundo a acessarem a web sem censura.
Em seu mais recente entrevero chinês, o Google anunciou ter descoberto um sofisticado ataque às contas de e-mail de ativistas dos direitos humanos na China que usam o seu serviço Gmail, e que mais de 20 outras empresas haviam sofrido ataques semelhantes.
"Estes ataques, combinados às tentativas de limitar ainda mais a liberdade de expressão na web nos últimos 12 meses, nos levam a concluir que devemos revisar a viabilidade de manter operações na China", anunciou o vice-presidente jurídico do Google, David Drummond, em comunicado. "Reconhecemos que isso pode significar o fechamento do ‘Google.cn’ e possivelmente de nossos escritórios na China".
O país asiático conta com mais de 350 milhões de internautas e um mercado de buscas on-line com movimento anual de mais de US$ 1 bilhão.
O anúncio do Google surgiu em meio a crescentes tensões entre China e Estados Unidos quanto à liberdade da internet. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, deve anunciar na semana que vem uma política de tecnologia para ajudar cidadãos de todo o mundo a acessarem a web sem censura.
Em seu mais recente entrevero chinês, o Google anunciou ter descoberto um sofisticado ataque às contas de e-mail de ativistas dos direitos humanos na China que usam o seu serviço Gmail, e que mais de 20 outras empresas haviam sofrido ataques semelhantes.
"Estes ataques, combinados às tentativas de limitar ainda mais a liberdade de expressão na web nos últimos 12 meses, nos levam a concluir que devemos revisar a viabilidade de manter operações na China", anunciou o vice-presidente jurídico do Google, David Drummond, em comunicado. "Reconhecemos que isso pode significar o fechamento do ‘Google.cn’ e possivelmente de nossos escritórios na China".
O país asiático conta com mais de 350 milhões de internautas e um mercado de buscas on-line com movimento anual de mais de US$ 1 bilhão.
Apesar de seus atrativos, as empresas que operaram no país precisam acatar com as rígidas regras de censura que proíbem a discussão ou exibição de páginas sobre tópicos delicados que falam da independência do Tibete ou do movimento religioso Falun Gong.
A China é um dos poucos mercados em que o Google não lidera: a empresa detém 30% do mercado e é a segunda colocada atrás da Baidu, que responde por 60% das buscas chinesas na web.
As ações do Google caíram em 1,3% em transações posteriores ao fechamento dos pregões, com a notícia de que a empresa pode sair da China, enquanto as da Baidu subiam em 6,8%. As ações da Sina, outra empresa chinesa de buscas, subiram em 1,3%.
A China é um dos poucos mercados em que o Google não lidera: a empresa detém 30% do mercado e é a segunda colocada atrás da Baidu, que responde por 60% das buscas chinesas na web.
As ações do Google caíram em 1,3% em transações posteriores ao fechamento dos pregões, com a notícia de que a empresa pode sair da China, enquanto as da Baidu subiam em 6,8%. As ações da Sina, outra empresa chinesa de buscas, subiram em 1,3%.
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