Ativistas comemoram decisão do Google, mas não esperam que China recue
Especialistas dizem que governo chinês é responsável por ataques.Censura do Partido Comunista na internet chinesa é grande.
O anúncio do Google de que pode deixar a China por conta da censura e de ataques de hackers contra o site gerou aplausos, alertas e elogios de dissidentes e ativistas da internet nesta quarta-feira (13), mas poucos apostam em chances do governo do país ceder terreno.
O maior serviço de buscas do mundo disse que pode fechar o site em chinês “Google.cn” depois de ataques de hackers da China a dissidentes que usavam o serviço de e-mails da empresa, o Gmail. O Google não informou se acredita que o governo chinês esteja por trás dos ataques de hackers.
O Ministério das Relações Exteriores da China negou repetidas vezes que esteja o governo esteja relacionado com os ataques. Alguns especialistas estrangeiros afirmam que parte das invasões apresenta sinais de organização sofisticada.
O maior serviço de buscas do mundo disse que pode fechar o site em chinês “Google.cn” depois de ataques de hackers da China a dissidentes que usavam o serviço de e-mails da empresa, o Gmail. O Google não informou se acredita que o governo chinês esteja por trás dos ataques de hackers.
O Ministério das Relações Exteriores da China negou repetidas vezes que esteja o governo esteja relacionado com os ataques. Alguns especialistas estrangeiros afirmam que parte das invasões apresenta sinais de organização sofisticada.
"A China usa uma série de ferramentas para atacar os ativistas e tentar ter acesso a seus pensamentos e ações", afirmou o artista Ai Weiwei, que promoveu campanhas de internautas sobre uma série de causas consideradas como politicamente sensíveis por Pequim. "A maior parte dos dissidentes não tem tanto cuidado" com segurança, acrescentou.
Na sede da empresa na China, no distrito da universidade de Pequim, alguns moradores deixaram um buquê de rosas vermelhas e lírios brancos no emblema do Google. "Queremos expressar nossa raiva, mas não ao Google. Vir aqui é um tipo de apoio à empresa", disse Zhao Gang, 30, que trabalha com tecnologia da informação. "O Google enfrenta muitas restrições e condições adversas na China. Algo que sabíamos em nossos corações agora foi exposto. Creio que este momento é um divisor de águas para a Internet na China este ano”.
Ativistas chineses há muito se queixam de que o Partido Comunista apertou o cerco na internet, controlando a circulação de informação e ideias em nome da segurança pública e da moral.
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