JUSTIÇA DE MG DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DE BRUNO E MAIS OITO.
A juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (Grande BH), acatou o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público de Minas Gerais contra o goleiro Bruno Souza e mais oito pessoas. Os mandados de prisão contra eles já foram expedidos, segundo a assessoria da juíza.
Com a decisão, Bruno e os demais envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do atleta, continuarão presos. Eles estavam detidos temporariamente (a data da prisão temporária expirava hoje). Fernanda Castro, suposta amante do goleiro que está solta, deve ser detida a qualquer momento. Caso não seja encontrada, ela será considerada foragida da Justiça.
Além de Bruno, estão detidos na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, Luiz Henrique Romão (Macarrão, amigo do goleiro), o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (Bola, apontado como executor do homicídio), Elenílson Vítor da Silva, caseiro do goleiro, e os amigos Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza (Coxinha).
A mulher do goleiro, Dayanne Souza, está presa na penitenciária Estevão Pinto, na capital mineira. Já Sérgio Rosa Sales (o Camelo), primo do jogador, permanece no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) São Cristóvão, anexo ao Departamento de Investigações, em Belo Horizonte.
O promotor Gustavo Fantini, do Ministério Público de Minas Gerais, afirmou que Bruno e mais sete envolvidos foram denunciados por quatro crimes: homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Já Bola foi denunciado pelo MP por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Se condenados, a pena de Bruno e os demais pode chegar a 42 anos de prisão. Para Bola, a condenação é de 33 anos.
"A soma de todas as provas, especialmente a pericial e a documental, bem como o relato da prova oral, configura suficiente demonstração de materialidade do crime de homicídio de Eliza Samúdio", justifca o Ministério Público. "Eles ficam presos até que sejam revogadas as preventivas", completou o promotor.
Na última sexta-feira, o goleiro havia sido indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. O promotor explicou que não denunciou o grupo por formação de quadrilha pois "isso se caracteriza quando determinado grupo se reúne rotineiramente para a prática de crimes, e neste caso, não há prova disso."
Os demais suspeitos foram indiciados pela polícia pelos mesmos crimes que o goleiro, com exceção de Bola, apontado como o assassino de Eliza, que foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.Depois que os acusados forem citados (um oficial de justiça entrega uma cópia da denúncia feita pelo MP para cada envolvido), os advogados têm dez dias para apresentar a defesa prévia.
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