DUELO DE HOJE PELA TAÇA LIBERTADORES TEM PAPÉIS TROCADOS ENTRE SÃO PAULO E INTER!
Há exatos 51 dias, quando o futebol brasileiro foi paralisado por causa da Copa do Mundo da África do Sul, os números davam total favoritismo ao São Paulo no duelo da semifinal da Taça Libertadores da América contra o Internacional. Afinal, a equipe de Ricardo Gomes era a sexta colocada na tabela do Brasileirão, enquanto o time de Jorge Fossatti ocupava a 16ª posição, a última antes da zona de rebaixamento.
O tempo passou, o Brasileirão voltou e, o que parecia certo, virou errado. O Inter, após a mudança no comando técnico (Fossatti foi embora, e Celso Roth chegou), renasceu e reencontrou o seu caminho. Com uma arrancada espetacular e quatro vitórias conquistadas (Guarani, Ceará, Atlético-MG e Flamengo), o time deixou a incômoda posição na tabela para garantir um lugar no G-4 da competição. Já seu rival paulista parece ter perdido o rumo e, com apenas um ponto conquistado nos 12 que disputou, o São Paulo caiu da sexta para a 15° colocação, com o mesmo número de pontos do Botafogo, que é o primeiro integrante da zona do rebaixamento. Se forem considerados apenas os resultados pós-Copa do Mundo, o Tricolor é o pior time do Campeonato Brasileiro.
Mas o que será que aconteceu com as duas equipes? O que fez o Inter crescer tanto e o São Paulo descer a ladeira? É o que o GLOBOESPORTE.COM mostra abaixo.
Roth muda tudo, e time cresce
Celso Roth chegou durante a pausa para a Copa do Mundo da África do Sul, mais precisamente no dia 14 de junho. Logo nos primeiros treinos, deixou claro que o esquema com três zagueiros, que vinha sendo utilizado por seu antecessor, estava condenado. Ele passou para o 4-4-2 e apostou na velocidade.
- Com o Fossati não deu muito certo porque ele queria sempre jogar com três zagueiros e nosso time não se adaptava em alguns jogos com este esquema, isso atrapalhou um pouco. O Celso é um cara que trabalha bastante, sempre conversa com a gente, pergunta como seria melhor o time jogar. Ele sabe também como os times do Sul jogam, marcando forte e saindo com qualidade. A gente não gostava mesmo de jogar com três zagueiros, mas ele (Fossati) colocava sempre. É no 4-4-2 que a gente fica mais solto. Com três zagueiros ficava muito amarrado – analisa o volante Sandro, que está negociado com o Tottenham, da Inglaterra, por telefone.
Outro fator apontado por Sandro como importante para justificar o crescimento da equipe foi o aumento da carga de treinamentos.
- O Roth treina muito mais do que o Fossati. O Fossati dava mais descanso. O Celso treina e fala muito mais que ele, isso está ajudando mais a gente, para nos acertamos e nos cobrarmos mais dentro de campo – acrescentou.
- O time do São Paulo, quando tem a bola, é muito forte. Quando não tem, não estão fazendo uma marcação forte nos adversários, pois eles não estão pressionando muito. Quando tem a bola no pé, joga fácil. Tem a bola parada, com o Fernandão, pelo alto, pelo chão... ele joga muito. Vejo como ponto forte também a bola no pé do Hernanes. Temos que fazer pressão para roubar essa bola, não deixar ele pensar muito. Mas Brasileirão é Brasileirão. Libertadores é outra competição e muda tudo. Temos que explorar a velocidade e ir em direção ao gol – concluiu.
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