Cientistas japoneses criam borboleta artificial capaz de voar
Ornitópteros
Um grupo de pesquisadores japoneses construiu uma réplica totalmente funcional de uma borboleta rabo-de-andorinha, incluindo a capacidade de voar.
O microavião é classificado na classe dos ornitópteros, veículos que voam imitando o movimento natural das asas de insetos ou pássaros.
Borboletas rabo-de-andorinha
Entre os vários tipos de borboletas, as rabo-de-andorinha destacam-se por apresentarem uma área das asas em relação à sua massa corporal muito maior do que a de qualquer outra borboleta.
Combinado essa grande área com o movimento das asas dianteiras sobrepostas, o animal consegue voar batendo as asas em uma frequência relativamente baixa e com um curso muito restrito.
Controle aerodinâmico
Desta forma, as borboletas rabo-de-andorinha têm uma capacidade limitada de controle ativo sobre a força aerodinâmica das suas asas.
Seu movimento corporal é resultado de uma reação passiva ao simples movimento de bater as asas, e não - como em outros tipos de borboletas - de uma reação ativa à aerodinâmica.
Ou, pelo menos, esta é a teoria.
Avião robô
Felizmente essas características facilitam a imitação do movimento do animal por um avião robô, uma vez que o movimento é mais simples e o bater suave das asas consome pouca energia.
E o grupo de pesquisadores japoneses pode comprovar que sua teoria estava certa, ou seja, que o animal consegue voar para a frente usando tão-somente o suave bater de asas, sem nenhum outro movimento ativo do corpo.
Os cientistas construíram seu ornitóptero com as mesmas dimensões de uma borboleta rabo-de-andorinha real, reproduzindo o formato e até mesmo os finos veios que permeiam a membrana de suas asas.
Voo artificial
O voo do microavião ainda não seria suficiente para fazê-lo ganhar uma corrida aérea de uma borboleta real, mas o protótipo serviu apenas para demonstrar o conceito e comprovar que a teoria do voo simplificado está correta.
Usando um software de análise de movimento, os pesquisadores foram capazes de monitorar o desempenho aerodinâmico do ornitóptero, demonstrando que o voo pode ser feito com os movimentos simples de bater das asas, sem controle defeedback.
Esse modelo agora poderá ser aplicado em outros sistemas aerodinâmicos de veículos com outras dimensões e que utilizem mecanismos alternativos de bater as asas.
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