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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Computadores vivos? Sim, com a Computação Biomolecular



Os computadores de um futuro próximo serão vivos e precisarão se alimentar.

Exterminador do Futuro, a trilogia Matrix e outros filmes de ficção científica dedicados a falar sobre o futuro nebuloso da humanidade em conjunto com as máquinas não chegam nem perto do que os cientistas atuais já estão conseguindo fazer. Todos esses filmes contam histórias de robôs com consciência, vontade própria e outros exageros, mas nenhum fala sobre a computação biomolecular, uma recente linha de pesquisa que tem por objetivo fazer com que moléculas vivas façam cálculos.

Trocando em miúdos: cientistas e estudantes malucos provaram que células vivas podem ser usadas em computadores, tornando-os muito mais eficientes e ainda menores do que os menores já existentes. É até importante frisar que “maluco” não é uma ofensa a estes estudiosos, pois sem o estado maluco de espírito, o ser humano ainda estaria tentando fazer fogo com pedras e palha. Nos dias de hoje, os cientistas fazem “fogo” com ferramentas como a equação abaixo, que é melhor nem tentarmos entender para evitar um superaquecimento cerebral.

*A título de curiosidade, a fórmula ao lado serve para calcular o “custo metabólico associado a um gene”... hã? Melhor deixar pra lá e manter o foco longe da parte técnica. Continuemos.

Quando pensamos em computadores, que matérias básicas nos vêm à cabeça? Física, química, matemática e só, certo? Errado! Faltou a biologia, que há vários anos faz parte das pesquisas no campo da computação e tem contribuído para deixar os amantes de tecnologia boquiabertos, ou mesmo assustados com o que é possível fazer com células vivas.

Como funciona?

Assim como qualquer organismo vivo, as células usadas na computação biomolecular precisam de uma fonte de energia para funcionar. Ora, qual é a fonte de energia usada pelos seres humanos para realizarem suas tarefas diárias? A resposta é: comida. As células deverão ser constantemente alimentadas para responderem às perguntas que fizermos a elas.


Já existem até cálculos da quantidade de alimento que deve ser fornecida para garantir eficiência satisfatória — entenda “eficiência” como a quantidade de alimento que deve ser fornecido para a metabolização, gerando assim energia e alterando a velocidade com que a célula responde perguntas.

Fazendo uma comparação com o corpo humano, que é um emaranhado de células trabalhando em tempo integral, não adiantaria, por exemplo, que você se entupisse de comida no almoço, pois boa parte dela só serviria para dar aquela sensação de “ai, estou estufado”, além de um sono vespertino absurdo e invencível. Ou seja, se você comer pouco, ficará fraco e não conseguirá trabalhar; da mesma forma, se comer demais, poderá passar mal, terá sono excessivo e também perderá produtividade. Sendo assim, o alimento deve ser dosado na medida certa.

As células vivas utilizadas na computação biomolecular têm funcionamento semelhante: é necessário dosar a quantidade de alimento fornecido para manter tudo funcionando como deveria, com um alto grau de eficiência.

Ainda falando sobre eficiência, vale lembrar que, assim como equipamentos eletrônicos recebem interferência de outros dispositivos e até do ambiente em que estão, as células vivas também sofrem interferência. Na verdade, elas são muito mais sensíveis do que os equipamentos eletrônicos. Para entender, imagine que você está só de camiseta em um local aberto, onde há vento frio. Se o celular que está no seu bolso for exposto ao vento, o que acontecerá? Nada. Por outro lado, seu corpo sentirá os efeitos do frio, ativando defesas como o arrepio ou espirros frenéticos — que poderiam ser traduzidos como “ei, vista um agasalho!”.

Resumindo: equipamentos eletrônicos são menos suscetíveis às interferências do ambiente, não tendo sua capacidade de processamento tão afetada por elas. Já as células vivas, além de serem mais sensíveis, podem perder muita ou totalmente sua eficiência devido a interferências. Se você estiver com muito frio, por exemplo, será difícil pensar em algo diferente de procurar um abrigo para se aquecer. Da mesma forma sofrem as células da computação biomolecular.

Logicamente, assim como as defesas existentes para manter equipamentos eletrônicos funcionando, também serão criados mecanismos que impeçam que as células percam desempenho.

Viagem ao futuro

Qualquer tipo de tecnologia nova nos faz pensar instantaneamente em como seriam os computadores que a utilizassem — alguns gamemaníacos, por exemplo, já começam a babar para saber a velocidade com que as placas de vídeo poderão processar os jogos que exigem mais da máquina.

Porém, a tecnologia não serve somente para o entretenimento. Prova disso é o fato de existirem empresas especializadas em equipamentos para uso na medicina. A computação biomolecular também contribui nessa área, pois poderá melhorar a forma como diversos procedimentos são realizados. Se você tiver uma doença, poderão ser usados remédios com células vivas, programadas para reagirem somente quando “encontrarem” a causa da doença, aumentando a eficiência do remédio.


As aplicações dessa tecnologia estão restritas somente à imaginação dos cientistas e às limitações próprias de organismos vivos. A nós, só resta imaginar o que vem por aí e ficar de olho nas novidades, pois elas acontecem quando menos esperamos.

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