"COMPROMISSO LULEANO"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (18) que o Brasil está disposto a contribuir com mais recursos para ajudar na luta contra as mudanças climáticas. "Se tivermos que fazer um sacrifício a mais, o Brasil está disposto também a colocar mais dinheiro para ajudar os países que necessitam de ajuda", afirmou o presidente em discurso na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, na Dinamarca.
O presidente também disse que está frustrado com a atual situação do clima. "Há muito tempo discutimos a questão clima e, cada vez mais, constatamos que o problema é mais grave do que nós possamos imaginar",
Segundo Lula, "o Brasil teve uma posição muito ousada, pensando em contribuir para a discussão na conferência climática". O presidente brasileiro lembrou também que foi positiva a reunião entre 32 nações convocada na quinta-feira e que avançou até a madrugada desta sexta para o avanço em busca da definição de algumas metas.
"Não é uma tarefa fácil, mas foi necessário tomar essas medidas para mostrar ao mundo de que com meias palavras e com barganhas a gente não encontraria uma solução nesta conferência de Copenhague", afirmou Lula em seu discurso.
"O dinheiro colocado na mesa agora é o pagamento pelas emissões de CO2 feitas durante dois séculos por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro", lembrou o presidente. "Quem tem mais recursos ou mais possibilidades precisa garantir a contribuição para proteger os mais necessitados", ressaltou.
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E HOUVE DECISÃO? ALGUMA COISA SIM....
Os 32 países que se reuniram em uma sala do Bella Center, onde acontece a Cúpula, até a madrugada desta sexta-feira teriam chegado a um acordo sobre reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 80% até 2050, para as economias desenvolvidas. A média de reduções no período, incluindo os países em desenvolvimento, deve ser de 50%.
Também um acordo sobre o limite máximo do aumento da temperatura da Terra teria sido atingido. Os líderes concordaram de que todos os esforços devem ser feitos para que não se ultrapasse os 2ºC até o final deste século.
Sobre o financiamento das ações de médio prazo, haveria um acerto de até US$ 50 bilhões a partir de 2015, por ano, e de US$ 100 bilhões a partir de 2020. De cordo com Minc, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, teria participado do encontro promovido de última hora pelos presidentes Lula e Nicolas Sarkozy.
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