Presidente de Honduras é preso pelo Exército
O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi preso neste domingo pelo Exército do país antes da realização de um polêmico referendo. Zelaya havia prometido realizar uma consulta popular para decidir se a Constituição pode ser alterada, o que poderia permitir a reeleição presidencialO plano do presidente foi considerado ilegal pelo Congresso e pela Justiça do país, enfrenta a oposição também do Exército, e gerou uma crise em Honduras.
Um secretário do presidente disse que ele foi levado para uma base aérea fora da capital, Tegucigalpa.
Segundo a imprensa local, o presidente foi retirado "à força" de sua casa no início da manhã.
Instabilidade
No sábado, o presidente ignorou uma decisão da Suprema Corte para devolver o cargo ao chefe do Exército, general Romeo Vasquez, que foi demitido após se negar a ajudar na preparação do referendo.
"Nós não vamos obedecer a Suprema Corte", disse o presidente a uma multidão de simpatizantes em frente à sede do governo. "A corte, que apenas faz justiça aos poderosos, ricos e banqueiros, só causa problemas para a democracia."
Zelaya foi eleito em 2006 e, sob a atual Constituição hondurenha, não pode disputar a reeleição.
Ele queria realizar uma consulta popular para decidir se uma Assembléia Constituinte deve ser convocada para fazer mudanças constitucionais junto com as eleições, marcadas para novembro.
Na terça-feira, o Congresso aprovou uma lei que proíbe a realização de referendos ou plebiscitos 180 dias antes ou depois de eleições gerais, o que impossibilita os planos do presidente.
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